Ajudar: dominar ou empoderar?

Ajudar: dominar ou empoderar?

Na maioria das vezes, meus escritos traduzem minhas reflexões sobre a minha própria conduta e esse texto tem o objetivo de trazer à tona uma tendência que eu sempre tive e tenho, a de querer ajudar.

Quando eu tomo a frente de tudo e quando eu digo: “só queria ajudar”, isso pode refletir uma forma de dominação. Se eu parto do princípio de que o outro precisa da minha ajuda, sem que ele a tenha solicitado, já tem alguma coisa errada aí…

Preciso sempre pensar.

Primeiro, uso meu julgamento para dizer ou avaliar que outro precisa de mim… Será?

Segundo, ofereço a minha ajuda porque quero legitimamente ajudar, ou porque quero em alguma medida dizer ao outro que ele é incapaz de fazer sozinho e por isso mesmo, ele precisa da minha ajuda?

E o pior: será que quero que ele crie uma dependência da minha ajuda, do meu poder de decidir por ele?

Então, devo dizer, a gente precisa ter muito cuidado. Percebi com minhas reflexões que eu posso oferecer ajuda, mas só posso ajudar quem pediu e precisa dessa minha ajuda.

Ao ajudar, eu preciso tomar muito cuidado para não criar dependência. Minha ajuda deve ser para empoderar o outro. E não para torná-lo refém do meu apoio. Ao ajudá-lo, eu devo permitir que ele seja o próximo a ajudar alguém sobre aquele mesmo tema e sobre outros mais.

Tentando explicar um pouco mais essa ideia: você conhece alguém que ao se engajar em uma causa está muito mais interessado em se promover do que na causa em si? Está muito mais preocupado em mostrar seu conhecimento, seu poder e sua força?

Na minha experiência, o que percebi é que na minha relação conjugal, eu sempre cuidei de mais do que eu podia e devia, porque eu escolhi isso e porque no fundo, inconscientemente, através dessa ação, eu mostrava o quanto eu era forte e capaz… Será?

Concluindo: ao ajudar uma pessoa, um grupo, uma comunidade, a gente tem que pensar na perenidade dessa ação. Ajudar não é fazer pelo outro. É fazer junto, ensinar, orientar acompanhar e deixar voar!

Seja seu(sua) filho(a), companheiro(a), colega, seu time ou quem for.

É bom lembrar que quem ajuda pode – e certamente precisará – ser ajudado em algum momento, e precisa estar consciente e aberto a isso. Dessa forma, todos se fortalecem e crescem.

Avalie sempre as suas intenções por trás das suas ações. E se for preciso, reveja, reflita, mude.

 

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CYNARA BASTOS

Cynara Bastos é psicóloga e inspiradora de pessoas, que tem como missão promover a autoconsciência, permitindo que os seres humanos reconheçam seus dons e que possam, por meio deles, gerar riqueza intelectual, espiritual e financeira.

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