O profissional precisa ser enxergado na sua totalidade, como um ser humano integral
Profissional criativo, flexível e multidisciplinar, com inteligência emocional, capaz de, com eficiência e resultado, atuar em diversas posições dentro de uma mesma empresa, indo além da sua formação. Ainda não existem muitos assim no mercado, mas essa tem sido a busca das organizações que miram o futuro do trabalho, a sustentabilidade e o sucesso econômico.
Do lado contrário, as empresas ainda desconhecem (ou ignoram) o benefício do olhar humano para seus colaboradores, sem precisar desconsiderar a tão desejada produtividade. Vale mais a capacidade técnica, a inteligência conhecida como “lógico-matemática”. A valorização do potencial individual (e único) e o desenvolvimento de suas competências sociais e emocionais não são prioridade. Não é surpresa haver, nelas, uma alta taxa de insatisfação e desvitalidade das pessoas.
Felizmente, alguns sinais já mostram uma mudança de mentalidade por parte das organizações e de seus gestores, que têm atuado como co-responsáveis por promover o melhoramento dos colaboradores em todos os aspectos – técnicos, emocionais e relacionais. Em uma sociedade como a nossa, em que a qualidade na educação integral ainda é incipiente e para poucos, essa forma de atuação corporativa é estratégica, inteligente e benéfica para todos.
Instituições especializadas em treinamentos organizacionais, como a Amadoria – empresa mineira surgida a partir das premissas da economia colaborativa, pioneira em levar conceitos de autoconhecimento e mudança de mentalidade para dentro das organizações -, têm investido em novas formas de conhecer suas equipes e valorizar o potencial individual de cada profissional para otimizar resultados. Assim, treinamentos corporativos personalizados, voltados para desenvolvimento das habilidades emocionais, têm sido demandados por empresas como MRV, Unimed BH, VLI Logística, RHI Magnesita, Fundação Dom Cabral e outras. Os empresários têm entendido que atuar com equipes integradas e conhecedoras de suas forças e fraquezas, e formas de trabalho e relacionamento mais transparente, podem possibilitar que cada um exerça o seu melhor, gerando mais resultados positivos para o negócio.
Se o novo contexto do mundo do trabalho exige flexibilidade, criatividade, autoconhecimento e evolução contínua, o profissional precisa ser enxergado na sua totalidade, como um ser humano integral, dotado de diversos aspectos. Ao permitirem que seus colaboradores tenham experiências de aprendizagem mais profundas, as empresas contribuem para essa expansão de consciência e para o desenvolvimento de um maior senso de protagonismo. No fim, isso também traz maior produtividade e resultados, e mais realização para o indivíduo.
Luciana Gallo foi entrevistada pelo Jornal Estado de Minas.
Matéria publicada no dia 18/11/2019
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LUCIANA GALLO
Luciana Gallo é co-fundadora da Amadoria, facilitadora de processos colaborativos, de desenvolvimento pessoal, e de mudança organizacional. Mentora e palestrante, ajuda as pessoas a (re)significarem suas vidas e trabalhos. Atua na expansão do conhecimento e da consciência da pessoa e do profissional dentro das organizações e das comunidades.