Eckhart Tolle utiliza uma metáfora para falar do encontro entre uma pessoa muito consciente e outra que esteja se tornando mais consciente. “Quando colocamos um pedaço de lenha que tenha começado a queimar há pouco tempo perto de outro que esteja queimando vigorosamente e, depois separamos os dois novamente, o primeiro tronco passará a queimar com uma intensidade ainda maior.”
E ela serve para muitos outros exemplos.
Já foi comprovado cientificamente que as emoções são contagiantes. Para o bem e para o mal. Não é à toa que já se falou bastante de líderes tóxicos na literatura sobre o mundo corporativo e que tantos autores se debrucem sobre o estudo das emoções e principalmente sobre o impacto que emoções “desgovernadas” podem causar em pessoas e grupos.
Nesse cenário, a relevância da inteligência emocional se reafirma, com seus quatro domínios: autoconsciência, autogestão, consciência social e gestão dos relacionamentos. Quando estamos conscientes sobre as nossas emoções, sobre como elas impactam as nossas ações e como essas, por sua vez, impactam o ambiente ao nosso redor, nós nos tornamos presenças saudáveis para o grupo.
Conhecer nossas emoções e assumir o domínio sobre elas, perceber as emoções dos outros e saber considerar e se relacionar a partir dessa percepção são competências essenciais a todos nós, humanos. Quando estamos conscientes sobre a nossa presença e o impacto dela nos outros, também conseguimos perceber quando um ambiente ou grupo é salutar ou nocivo para nós e assim, podemos tomar decisões que nos preservem de contágios emocionais nefastos para a nossa saúde psíquica.
Outro aspecto igualmente importante é representado pelo desejo de fazer mudanças comportamentais importantes. Quando alguém deseja, por exemplo, deixar a vida sedentária, pode ser necessário se afastar um pouco de grupos que não valorizam esse aspecto. Mesmo que sejam seus amigos. No início é muito difícil “mudar a chave”. Então participar de grupos associados à sua nova modalidade esportiva ou de nutrição lhe permitirá desenvolver esses hábitos com maior facilidade e aos poucos ir se desprendendo dos outros. Os hábitos também podem ser contagiantes, se a gente não estiver atento ao porquê fazemos o que fazemos e para quê!
Esteja vigilante! Se cuide!
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CYNARA BASTOS
Cynara Bastos é psicóloga e inspiradora de pessoas, que tem como missão promover a autoconsciência, permitindo que os seres humanos reconheçam seus dons e que possam, por meio deles, gerar riqueza intelectual, espiritual e financeira.
“Vamos marcar, poxa! Estou morrendo de saudades”... E lá se passaram dois,
A escuta é um processo importantíssimo na comunicação, e uma das grandes que
“Ouvir somente com os ouvidos é uma coisa. Ouvir com o intelecto é outra. Ma