Um estudo da consultoria McKinsey mostra que os brasileiros veem menos significado no trabalho do que a média dos 100 países pesquisados. Em uma escala de 0 a 10, a média global é de 5,5 e a média dos brasileiros bateu 4,5.
O que isto significa? O que este dado está querendo nos dizer?
Toda organização, como o próprio nome diz, é um organismo vivo, dinâmico e repleto de variáveis incontroláveis.
Sendo seres BIO-PSICO-SOCIAIS-ESPIRITUAIS, temos todas as dimensões da vida interligadas. Nunca vi alguém plenamente feliz na vida pessoal, se a sua vida profissional está um caos. Ou seja, o trabalho tem uma função psicológica importante em nossas vidas. Talvez seja a única forma genuína de realmente sermos úteis às pessoas e entregarmos nossas habilidades.
O que a pesquisa nos mostra é que estamos cada vez mais questionando o nosso papel no mundo do trabalho. Ansiamos por maneiras melhores de nos expressarmos dentro das organizações. Queremos um trabalho em que abriremos mão das “poses”, dos egos afetados e de toda a pompa para nos expressarmos com clareza, afetividade e respeito.
Sim, queremos falar de amor dentro das organizações, não o amor piegas, romântico e idealizado que vemos nos meios de comunicação. Queremos humanizar as relações, queremos nos mostrar vulneráveis, sem nos sentirmos fracos e envergonhados.
Desde os anos 90, vindo à tona temas relacionados a inteligência emocional, empresas e instituições veem percebendo o quão complexo tem se tornado as relações e como temos que aprimorar nossas habilidades de comportamento para fluirmos melhor no trabalho, e consequentemente construirmos resultados sistemicamente sustentáveis.
Conceitos como inteligências múltiplas, liderança servidora, metacompetências, habilidades socioemocionais, autogestão, liderança exponencial, employer branding tem sido abordados abundantemente dentro das grandes organizações.
Estamos vivenciando uma era de alta tecnologia, gameficação e automatização de processos, no entanto nunca vimos e ouvimos tanto sobre respeito às diversidades, transparência, acolhimento, engajamento, pertencimento e humanização das relações profissionais. Ou seja, estamos buscando claramente por CONEXÃO.
Sim, há amor no mundo do trabalho. Pois qualquer ambiente de trabalho existem pessoas, conexões, sentimentos, necessidades a serem atendidas.
E é nessa percepção e evolução que os líderes presentes nas empresas terão que se apoiar. Mais do que nunca, a “gestão com as pessoas e para as pessoas” terá que fazer parte da pauta estratégica de qualquer negócio.
Finalizo com a frase do autor britânico em desenvolvimento de lideranças, Richard Barret: “Empresas podem operar a partir dos receios do ego ou do amor da alma.”
Eu acredito e trabalho para aprimorar a segunda opção.
______________________________
ALINNE FERREIRA
Alinne Ferreira, é empreendedora, orientadora profissional e terapeuta sistêmica de Constelação Familiar e Organizacional. Trabalha há 20 anos com educação profissional e corporativa. Ajuda às pessoas se encontrarem no mundo do trabalho, para fazerem mais e melhor.
Love is in the air... O mês de junho é aquele que já chega com corações. De
A história da Amadoria já dava um livro, mas por ora vamos tentar fazer caber
“Ouvir somente com os ouvidos é uma coisa. Ouvir com o intelecto é outra. Ma